Treinamento, equipamento, força de vontade e aclimatação tudo foi bem planejado e muito bem executado, afinal estávamos a praticamente 6000 msnm e todos motivados e se sentindo bem, ou seja, o mal da montanha ainda não havia mostrado a cara para nossa expedição, claro que o desconforto pelo frio extremo e uma certa falta de ar é normal a esta altitude, mas nada mais grave o problema foi que desde nossa aclimatação no base do Plata o clima já dava demonstração de instabilidade chegamos a ficar três dias inteiros dentro da barraca devido ao mal tempo e isso é algo que expedição nenhuma pode controlar e não foi diferente conosco.
Quando estavamos a menos de 30 minutos de Cólera o último acampamento antes do ataque ao cume tivemos que tomar a mais difícil decisão que uma expedição ou um grupo de amigos com objetivo em comum pode tomar devido a neve e os ventos abortamos a escalada a pior notícia ainda viria de um guarda parque que bateu um rádio pro base e constatou que o tempo ruim duraria de três a quatro dias com ventos de 80 km/h o que nos deixaria sem tempo para esperar a janela ideal para tentar o cume novamente.
Fiquei desapontado principalmente pelo fato de estarmos todos em condições de fazer cume, porém escolhemos um esporte ao ar livre e em contato direto com a natureza e suas forças e é preciso ter bom senso e primar pela segurança.
O que fica de bom é a experiência adquirida o contato com um lugar incrível e a boa desculpa pra voltar e encarar novamente o Senhor das Americas.
cume do cerro Bonete 5100 msnm
Galera cruzando os penitientes no caminho do Cerro Bonete
parede sul
subindo pra Cólera
helicóptero que havia trazido de nido um montanhista passando mal
Michele caminhando no início da Playa Ancha
Saida do base em direção à Canadá
Geromo na chegada ao acampamento Canadá
Desmontando acampamento em Nido del Cóndores
De volta a Plaza de Mulas
